sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Notas sobre "A carta da condenação ou da (in)justiça"

Creio ser necessário deixar algumas notas sobre a publicação do post anterior. Uma primeira nota para o problema do acesso à imagem, os outros não sei mas eu consigo aceder via internet explorer e via firefox.
Quanto à critica que reproduzo "É de lamentar que a pagina não aborde temas mais interessantes de todo o concelho. Sirva só para desabafos de pessoas mordidas interiormente. Sejam mais abrangentes a nível das nove freguesias e não olhem só para Nelas, Nelas e Nelas. E depois reclamam de separatismos, quando é essa a vossa prática corrente." tenho para dizer o seguinte:
O blog deve ser uma obra de todos para que seja dirigido a todos. Pela minha parte tenho feito o que posso, um sacrificio muitas vezes inglório e alvo de criticas ferozes. O que não vejo da parte de quem tece tal tipo de comentários é vontade em participar ou então em organizar iniciativas idênticas. Durante os últimos meses ouvi de membros e dirigentes políticos locais comentários que a concretizarem-se incentivariam o debate político local, o problema é que não estão nem dispostos a realizar esse esforço, nem parecem terem vontade em colocar à prova as suas ideias. É pena, pois as suas eventuais propostas certamente seriam um momento impar na democracia portuguesa, tão reduzida a intenções. Lamento que essa intencionalidade não se traduza em obra e exposição de ideias, mas tenham expressão em previsiveis tons desconstrutivistas, pois é sempre mais fácil e cómodo falar mal.
Relativamente ao processo de condenação da Madalena Barros, sem desejar entrar em confronto com ninguém, o que para mim parece motivo de indignação é a exposição da justiça à política na esfera local, que neste caso toma a divergência de ideias como mobil de um crime, sem que existam culpas, mas existam condenados, sem que existam provas mas existam penas. Sim, isso é que é grave, é aliás extremamente grave, obrigando-nos a equacionar a efectiva separação de poderes como pilar do estado democrático. Deveremos mesmo assim confiar na justiça, pois também nesta esfera a esperança é a última a morrer, para tal deveremos evitar correr o risco de confundir uma decisão com a qual discordamos com o sistema de justiça, resta-nos essa esperança.

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