terça-feira, 17 de março de 2009

O abandono da floresta ou a lei do deixa arder?

Este fim-de-semana, numa breve caminhada, deparei-me com algo que posso dizer ser praticamente insólito, por isso reproduzo em jeito de imagem - um proprietário florestal deu-se ao trabalho de limpar a sua mata. Na verdade são dois factos insólitos, na medida em que parte do nosso concelho já não tem floresta. Ainda esta manhã, no meu caso na rádio, surgiram notícias sobre os "primeiros" incêndios do ano, na verdade não são os primeiros mas os que mereceram atenção mediática.
Para muitos habitantes do concelho, assim como fora dele, esta pode não ser uma prioridade, contudo se isto não é uma das várias prioridades não sei o que consideram ser prioritário. Se o prioritário é o jogo do "disse que disse" sobre a composição da lista do candidato A ou B, se é n. X ou Y na lista, se o fulano ou a fulana tal tem influência, se o outro tal do qual se fala foi convidado para ser "chamuscado", se esse conjunto de tricas são prioridade realmente o concelho está mal.
Basta cada um reflectir um pouco para se agendarem algumas prioridades. Obviamente que a grande prioridade neste momento é a criação e manutenção de emprego, contudo não é uma prioridade exclusiva da autarquia. É certo que podem dizer que a política florestal não é da responsabilidade da autarquia, sim é verdade, mas poderá ter um contributo decisivo, na medida que é o organismo da administração pública mais próximo dos cidadãos. Sem esquecer que pode dar o exemplo. A este respeito sugeri, recentemente, que fossem limpas as áreas adjacentes ao Buraco da Moira e Orca do Folhadal, os quais constituiriam um bom exemplo e permitiriam dar a conhecer tão importante património.
Este ano parece-me particularmente exposto ao risco de incêndio, quando por um lado estão os efeitos das alterações climáticas, que por cá se fazem sentir, nomedamente, através de secas prolongadas, sendo que este inverno foi especialmente longo, o que permitiu o crescimento do mato. Por outro lado, os incêndios, ao contrário de outros fenómenos, parece que se repetem de tempos a tempos nos mesmos locais. Sem aprofundar as causas dessa ocorrência, creio que nos deveremos preocupar, pois tudo pode voltar este ano, sendo que ainda vamos a tempo de evitar danos maiores.

2 comentários:

Anónimo disse...

Os comentadores deste muito bem estruturado espaço, têm passado ultimamente, muito tempo à lareira meditando, naquilo que aqui lêem ...
Ora o tempo de lareira passou, a primavera chegou e o fervor da política aproxima-se a toda a velocidade...
Já existe, mediante os já expostos, muito motivo para uma parada de comentadores. As razões do povo, assim o merecem...!!!

Anónimo disse...

Pois, Pois, também acho que sim.!.
Embora todos nós saibamos que não será do agrado dos visados, porque toda a informação, escrita,sonora ou visual é das poucas coisas que não podem reter, controlar ou até moldar,.:;- salvo raras excepções...
Todos os escândalos recentes, saídos para a praça pública, fazem deste comentário razão, considerada por eles inconveniente...